sábado, 17 de maio de 2008

A Tarde Morre

A tarde morre, agonizando,
O sol abandona os campos vistosos
No ocaso mergulhando
A imensa águia da vida
Suas asas cintilantes verga, e se dirige
Ao oriente meditador.

A falta de reflexão, somada à noite
Faz brotar agora de meu peito
A mais profunda treva,
Enquanto no místico oriente
Um dançarino espiritual dança
Ao som do mais celestial compasso.

A luz que tão longe se espalha!
Ah! Ela não sabe fingir a si mesma,
E não sabe tecer invenções
E loucos devaneios
Como a virgem incauta, o cálido poeta
E os amantes da dúvida.

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