quinta-feira, 20 de março de 2008

Bálsamo Sereno

Vozes suaves dos êxtases serenos
Surdinas de luz da natureza em festa
Paz primordial que o grande bem atesta
Dos carinhos de delírios supremos.

Ergue as asas aos líricos e extremos
Vinhos imortais do sol, alta luz mestra
Que os infinitos calmos e mansos amestra
E põe um lago nos corcéis terrenos.

Em meio à desventura e a desdita
Na luta imensa, convulcionada, aflita
Do pego dos desejos em tremenda guerra

A natureza é o albergue cuja dita
Consola a dor e a mágoa infinita
E acalma a ânsia que nas veias erra.

Nenhum comentário: