Uma vez achadas as fontes
Pôs-se o rio a correr
Ao êxtase carnal as belas frontes
Aos elos recônditos o coração do ser
Assim, belos amantes descuidados
Sejamos sempre em pontes infinitas
Para a glória serena dos achados
Como ao consolo alto dos aflitos
E breve se verá naturalmente
Onde deságua a graça desses rios:
Canções carnais e êxtases celestes,
Hinos da terra, ledos e fugidios
E outros, desnudos de tredas vestes
Indo ao Arno revelar a transcendência
Amores que tem das auroras o estado
E dos anjos a sereníssima aparência
Pois a Vênus apraz o vivedor devoto
Sem ânsia e sem tremor, destes amores,
Tal da ciência de amor o manso voto
Na variedade multiamor das flores.
06/09/1999
domingo, 30 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário