segunda-feira, 17 de março de 2008

Soneto da Messe

Doces sonhos tão intimamente anelados
Sonha a humanidade, e quão cruel é o dia
Que lhe nega a esperança, que dor sombria
Ante a luz tão parca em êxtases sagrados.

Tem meu destino se composto de mil cuidados
Ousadia no amor, sorte no jogo, e a erradia
Flama não alberga tudo o que a voz alicia
Em termos de volúpias e de achados.

Hoje sinto de amor a esperança repleta
E de igual enleio repleta a vasta esfera
Prodígios incessantes gera o ventre da terra!

Trocava por amor a hora mais seleta
Da solidão a paz, o albergue soberbo
Do verso belo onde consolos bebo.

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