domingo, 6 de abril de 2008

O impossível Ideal

Covarde e cruel, o inimigo que te punge
Antro de orgulho ante a cadência do azul
Cujo riso é como a prostituta que finge
Decifra essa esfinge e seu fatal paúl!

Humanidade, de asas curtas, restringe
O largo sonho de um albergue do sul
A ampulheta do tempo, que cinge
A tumba do espaço em hibernal friúl.

Quiséramos um reino, algum principado
Talvez, que afogue o orgulho cruel
Que converte em privações o mel.

E aborto o prêmio da sorte! É pecado
Amar? Essa é a razão cujo fel
As eras do amor tem em pranto tornado.

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