quarta-feira, 2 de abril de 2008

Noite Transfigurada

Na frescura lirial da noite enluarada
Soa dos ledos amantes a ardente alvorada
Todo o palácio se converte em alta festa
Que as orgias dos amores sacros manifesta.

Cantam as pombas da luxúria consagrada
Aos pardais dos afetos tesos da morada
Um hino cujo lírico esplendor manifesta
O céu de gozo que o celeste amor atesta.

Noturnidades de anjos e de lírios
Opalas doces pelos parques dos delírios
Aves, que o coração torna sedentas.

Dos astros soam nas leis celestiais
Vão transfigurando os êxtases carnais
Em carnavais auroras tesas, lentas.

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