domingo, 6 de abril de 2008

Doçura Noturna

Segredos de violão cortam o silêncio
Na penumbra, pétala doce murmura a rosa
O amor carnal compõe a voz da mariposa
Assim como floresce o cálice de incenso.

Sagra um soneto de murmúrio o senso
Da guitarra mulher reverberando, ousa
Compor de lua e amor à voz mimosa
Castelo de delírios sobre o tempo penso.

Em fofas sombras canta a celeste lira
Um hino de escultura que delira
Nos reposteiros do luar das cordas

Ela transfigura a dor da criatura
Em suave bálsamo que amor suspira
E assim impõe um lírio às carnais hordas.

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