domingo, 6 de abril de 2008

Soneto das Compensações

Se o mundo é um palácio de degredo
E a carne uma alvorada turva e fria
E a mágoa cavalga a vingança sómbria
E nos arrebata o alto prêmio o medo,

Crê nesta manhã que a juventude promete
A dor em lírios virginais de amor converte
Propõe um nobre zelo aos caros anos
São valorosos os afetos esculpidos soberanos

Suave lira um som de amor em rosas verte
Congratula-te a colher essa passagem de anos
A messe tem os seres mais exigentes comovido

Seu germe de flor os outonos acaricia
Veste de lua a primavera louca erradia
E aos mais raros desejos traz doce partido.

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