domingo, 6 de abril de 2008

A dor da solidão

Palácio de degredo e de procela
A dor da solidão fere o azul
Firmamento e o gosto prenhe de sul
Que os sensuais corcéis desatrela.

É a magoa de ausente que descabela,
É um vulcão em hibernal friúl,
Um masturbante doente de paúl
Que alucina e em mortes reverbera.

Roeis o crânio em vácuo fundo, atroz
Impões o ardor ao nada mais feroz
Compões de nada o coração sombrio

E entre as esperanças sentís frio
Sonhais em casto leito amor algoz
Chorais sem que ninguém escute a voz.

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